Vamos supor


Vamos supor que nesse universo em que existimos, eu e você temos uma cota de coisas que podemos amar de verdade. Você pode amar toda vez que passa na padaria no finalzinho da tarde e os pães acabaram de sair do forno, douradinhos. Pode amar quando você está comendo alguma coisa e seu cachorro faz aquela típica e inteligentemente fofa cara de pidão. Você pode amar ouvir risadas de bebês, ou velhinhos contando piada. Pode amar quando começa a chover no meio de um dia quente ou quando o carro do churros passa na sua rua. Você pode amar quando está passando uma maratona da sua série favorita e você lembrou de comprar a pipoca. Você pode amar todas as criações dos Wachowskis, até Cloud Atlas. Ame passar esmaltes diferentes ou fazer uma tatuagem nova. Pode amar sua família e seus amigos, amar rir até engasgar, amar fofocar com alguém, beber um drink, dançar, ler. Mas a única coisa que você não pode amar é alguém que acabou de conhecer, alguém que você nem sabe dos detalhes, nem a comida favorita. Não sai dizendo “eu te amo” por aí como se dissesse “com licença”.

2 comentários:

  1. "Não sai dizendo “eu te amo” por aí como se dissesse “com licença”." Uau, parabéns pelo texto, amei! <3
    http://www.naoaocontrario.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por que afinal, a gente diz mais "com licença" do que "oi". Haha. Muito obrigada querida <3

      Excluir